Existem estudos realizados sobre as mais diferentes drogas, seus efeitos e possíveis contribuições na composição genética de quem é dependente químico e como isso é passado para seus filhos.
Na maior parte das análises realizadas, fica evidenciada a possível predisposição hereditária à dependência química. Principalmente em pesquisas sobre drogas mais pesadas, como o crack, até as mais sociáveis, como o álcool, a genética é citada como uma possível causa para que o uso de substâncias químicas seja replicada na família. Vamos aos fatos!
Em partes. Não há genes que identifiquem comprovadamente de forma única e exclusiva a dependência, mas muitos estudos giram em torno dessa temática e já estão levantando muitas hipóteses.
Em partes. Segundo dados apresentados por Ana Lúcia Brunialti Godards, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal de Minas Gerais, o álcool é a droga que, atualmente, dispõe de mais estudos que abordam esses fatores. Ainda, ela esclarece que, com base no que se tem detectado em pesquisas, 50% das chances de dependência alcoólica está relacionada à genética e 50% ao ambiente.
É muito comum que, diante de uma gravidez, as pessoas se preocupem com predisposições genéticas diversas, heranças que os pais podem passar aos filhos, entre elas a possibilidade de que as crianças apresentem mais chances de desenvolverem a dependência química.
Será que heranças genéticas são suficientes para determinarem sozinhas se alguém será viciado ou não? Continue lendo este post para saber!
O vício pode ser caracterizado por a dependência física e psicológica de substâncias como:
Geralmente quando se diz que alguém é viciado em drogas, entende-se que o indivíduo está doente e que seu organismo desenvolveu uma dependência tal da substância que não consegue viver sem ela, dando sinais físicos e mentais de que precisa dela para se sentir equilibrado, em ordem.
Não se pode negar que a herança genética é importante, afinal nossos pais nos transmitem uma série de informações tanto de ordem física quanto emocional. Até agora os estudos provaram que sim, que é grande a probabilidade de que a informação da dependência seja transmitida aos filhos, mas isso não é uma condenação ou indicativo de que pais viciados terão filhos viciados.
Há que se levar em conta o fator epigenético, ou seja, a possibilidade de que nossos hábitos e construções feitas ao longo da vida tenham tanto ou maior impacto do que a hereditariedade. Isso significa que, se uma criança filha de pais dependentes químicos tiver acesso a um lar estruturado, uma boa educação e desde cedo uma família acolhedora, ela tem grandes chances de se tornar um adulto saudável.
Por outro lado, se seu lar é completamente desestruturado em função da dependência dos pais, com relações familiares repletas de conflitos, provavelmente este ambiente nocivo tende a aflorar o que já nasceu com ela, os genes, aumentando bastante a possibilidade de que ela seja um adulto problemático. Em suma, a hereditariedade neste caso não é uma sentença de morte.
Sobre o álcool, os médicos dizem que no estudo foi constatado um aumento de três a quatro vezes de casos de alcoolismo em parentes de primeiro grau de dependentes da substância.
Falando ainda sobre o álcool, a associação do consumo da substância com a hereditariedade tem espaço em pesquisas desde o final da década de 1990, o que impulsiona para que os tratamentos com dependentes tenham melhores resultados no futuro.
Este artigo procura examinar a questão da herdabilidade nas dependências químicas. Através da revisão de estudos em famílias, em gêmeos e de adoção, encontramos evidências para afirmar a importância dos fatores genéticos na transmissão da vulnerabilidade às dependências. Essa transmissão pode ser melhor compreendida através de um modelo epigenético de desenvolvimento do transtorno onde condições biológicas hereditárias associem-se a situações ambientais ao longo da vida para a produção da dependência.
Neste artigo apresentamos essas condições biológicas intermediárias vinculadas ao alto risco para dependência, focadas no caso do álcool e da cocaína. Por fim, descrevemos os estudos moleculares que vêm estabelecendo associações entre polimorfismos e as dependências, com relevo para o sistema dopaminérgico.
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